Por: Pedro Fernandes
A globalização é um fator determinante para a atual diversidade musical vivida hoje. Pessoas no interior do amazonas ouvindo músicas feitas por norte-americanos, ou um paranaense ouvindo um baião cantado por um artista baiano. Em dias onde a liberdade está sendo confundida com libertinagem a juventude tende a escolher músicas que destacam temas como sexo, dinheiro, fama e às vezes violência.
Em entrevista à equipe do Musicultura a curitibana Elis Regina, 14 anos, nos contou suas preferências e comentou sobre o que os jovens andam escutando.
“Gosto de muitos tipos de musica, curto desde musica clássica até alguns tipos de pop”, conta Elis. O Pop não é um ritmo específico, e sim um estilo que agrega vários ritmos que ganham diversos públicos. Elis diz preferir o pop mais leve, com letras falando de sentimentos, o chamado pop Antifolk. Hoje em dia os jovens não ouvem música e sim consomem ela.
Preferência ou modinha?
Com a mídia, as rádios comerciais e o poder da internet, hoje faz mais sucesso quem divulgar mais. Musicas que fazem parte da trilha sonora de malhação são sem dúvida as mais pedidas nas rádios. Segundo Elis os jovens não ouvem um tipo de musica pela sua preferência e sim pela influência midiática. A música aparece nas rádios e na TV e logo está no gosto da rapaziada.
A musica internacional quando comparada a nacional tem muito mais adeptos, isso talvez se atribui à desvalorização da letra da música. A maioria não entende nada de inglês e canta suas músicas preferidas no “embromation”, não entendendo do que se trata só ligam para a melodia e o ritmo.
Segundo os teóricos a música é a Arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma através do som. Mas se a alma não tiver nada para transmitir, e se o receptor não for capaz de decodificar a mensagem para que sinta os sentimentos empregados na música? A resposta é simples: A música perde o sentido e vira apenas um emaranhado de notas tocadas consecutivamente.
Antigamente as crianças tinham músicas feitas para elas, com artistas como a turma do balão mágico, Eliana e outros. Hoje em dia só restou produções fonográficas infantis do lado dos evangélicos, mas os pais se recusam a comprar por preconceito. Sendo assim as crianças começam desde cedo ouvir funk, nada contra o ritmo, mas as letras estão recheadas de pornografia e desvalorização do ser humano. “Hoje em dia não há mais limites para nada, falam que criança não é mais criança, e tanto a sociedade quanto os pais dentro de casa não se importam mais com as coisas importantes: amor, fé, amizade, e trocam músicas que falam sobre estes sentimentos por canções falando de dinheiro e fama”, comenta Elis.
Um comentário:
Ótima matéria! Concordo plenamente com a Lis...
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