Por: Pedro Fernandes
Quem é antenado ao cenário musical tanto nacional quanto internacional, já notou mudanças no som de determinado artista ou banda.
Zapeando pela TV, me deparei com o clipe de ‘apenas um olhar’ do NX Zero e me lembrei de que na minha adolescência era aquele o som dos caras. Aquele tipo de música era o que queriamos ouvir na época, letras falando de conflitos amorosos.
O tempo foi passando e a música do NX Zero foi mudando, na realidade foi se modelando a um padrão vendável de música. A banda virou modinha começou a aparecer no Faustão e em outros programas da mídia.
Estava tudo aparentemente perfeito: Sucesso, música nas paradas das rádios de todo o país. Mas um problema nascia: Os antigos fãs estavam deixando de ouvir a banda. O motivo era a mutação pela qual as letras e até o ritmo passou.
A indústria fonográfica já não se importa com o exercício de reflexão que uma música deve provocar, a única meta agora é vender. Com isso as bandas só fazem sucesso se tiverem integrantes “bonitinhos”, que sejam competentes de ocupar a capa daquelas revistinhas teens, a qual prefiro qualificar de futilidade editada e impressa.
Com isso os jovens só perdem, pois ficam presos a ouvir sempre a mesma coisa, músicas comerciais, sem sentido e mensagens.
Vale a pena ressaltar que a mudança nem sempre nos leva a um tipo de música mais comercial, um exemplo disso é o Forfun, que inovou trazendo letras inteligentes. Outra coisa que deve ser dita é que o NX Zero repensou sua música e encontrou o caminho de volta para o som original deles, esse retorno esta documentado no novo álbum dos caras intitulado “Sete Chaves”, vale a Pena conferir.