16 dezembro 2009

Comércio fonográfico acaba com musicalidade dos artistas

Por: Pedro Fernandes

Quem é antenado ao cenário musical tanto nacional quanto internacional, já notou mudanças no som de determinado artista ou banda.

Zapeando pela TV, me deparei com o clipe de ‘apenas um olhar’ do NX Zero e me lembrei de que na minha adolescência era aquele o som dos caras. Aquele tipo de música era o que queriamos ouvir na época, letras falando de conflitos amorosos.

O tempo foi passando e a música do NX Zero foi mudando, na realidade foi se modelando a um padrão vendável de música. A banda virou modinha começou a aparecer no Faustão e em outros programas da mídia.


Estava tudo aparentemente perfeito: Sucesso, música nas paradas das rádios de todo o país. Mas um problema nascia: Os antigos fãs estavam deixando de ouvir a banda. O motivo era a mutação pela qual as letras e até o ritmo passou.

A indústria fonográfica já não se importa com o exercício de reflexão que uma música deve provocar, a única meta agora é vender. Com isso as bandas só fazem sucesso se tiverem integrantes “bonitinhos”, que sejam competentes de ocupar a capa daquelas revistinhas teens, a qual prefiro qualificar de futilidade editada e impressa.

Com isso os jovens só perdem, pois ficam presos a ouvir sempre a mesma coisa, músicas comerciais, sem sentido e mensagens.

Vale a pena ressaltar que a mudança nem sempre nos leva a um tipo de música mais comercial, um exemplo disso é o Forfun, que inovou trazendo letras inteligentes. Outra coisa que deve ser dita é que o NX Zero repensou sua música e encontrou o caminho de volta para o som original deles, esse retorno esta documentado no novo álbum dos caras intitulado “Sete Chaves”, vale a Pena conferir.




Um comentário:

Unknown disse...

Concordo plenamente, NxZero é um dos maiores exemplos da atualidade de como a indústria fonográfica influência (e muito) na musicalidade das bandas que estão surgindo no mercado da música. Por isso o número de gravadoras independentes e bandas com o seu próprio selo só tem de a crescer, exemplo disso, acontece nos Estados Unidos, onde foi criado um selo chamado Fueled By Ramen por John Janick e Vinnie Fiorello (baterista da banda Less Than Jake), este selo está há 13 anos no mercado e tem como bandas de destaque: Paramore, Panic At The Disco, Gym Class Heroes e Cobra Starship. Com isso, a musicalidade da banda não é alterada e os artistas podem manter o seu padrão musical.