Por: Heitor Borella
A MPB, Música Popular Brasileira, foi um dos marcos na época da ditadura militar. Como forma de protesto, tivemos o movimento Tropicália que teve como expoentes artistas como: Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque. Esses artistas foram exilados durante alguns anos, mas foram responsáveis pela criação da identidade musical no Brasil.
“A MPB na época da ditadura foi a maneira mais viável de transmitir as mensagens de caráter político para a população. Em diversas canções se escondia o grito, o desabafo de diversas pessoas. Os estudantes transformaram algumas músicas em verdadeiros hinos contra a ditadura e a opressão, como por exemplo a canção ‘Porque não falei das flores’, de Geraldo Vandré.” conta o farmacêutico e fã de MPB, Júlio Borella.
A ditadura foi um período muito difícil, uma época onde era proibido se expressar contra o poder. Tudo que se opunha claramente ao governo era censurado. Até as aulas em algumas Universidades tinha o áudio gravado, para que não se difundisse ideologias contrárias às do poder. A única maneira de falar ao povo era por meio de letras de músicas e de textos literários. Como o brasileiro sempre foi um povo muito musical, as canções era a melhor maneira de driblar a ditadura.
Além de falar pelas entrelinhas, a MPB é uma música romântica e relaxante. Júlio conta que seu gosto por MPB, começou desde pequeno, seus pais ouviam o gênero e ele acabou gostando. Habituado a ouvir MPB, Júlio foi aguçando seu gosto e foi descobrindo os seus artistas preferidos como: Gilberto Gil, Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Chico Buarque e Elis Regina. Atualmente ele ouve outros artistas como: Marisa Monte, Maria Rita, Isabela Taviani.
Ainda hoje muitos jovens ouvem MPB, eles encontram nas letras a coragem que a geração que eles pertencem não têm, ou até uma amor que já foi esquecido por muitos.
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