"Nossa! Nossa! Assim você me mata..." Certamente você já ouviu essa música por aí! Talvez até ja se pegou cantarolando sua melodia. Mas porque essa música faz tanto sucesso? o que a levou a se tornar um êxito mundial?
Quem fez? Quem cantou primeiro?
Alguns poucos sabem, mas a música Ai se eu te pego não é criação de Michel, A música foi escrita por Sharon Acyoli Arcoverde e cantada pela banda "Cangaia de Jegue". naturais de Jequié, o grupo virou febre nas férias do verão 2010/2011 no nordeste, porém o baixo investimento não os permitiu alcançar toda a população. Aqui em São Paulo, onde há muitos nordestinos, a música chegou a tocar nas famosas Jukeboxes na interpretação da Banda baiana.
Adaptações para ganhar o Brasil e depois o Mundo!
Michel Teló ouviu, gostou e adaptou. Na letra original: 'Sábado no forró, a Cangaia começou a tocar', Forró! Eu canto sertanejo universitário! É realmente não dava para ser forró e Sertanejo ia sair fora da métrica¹ da música. Sem falar que o público do ex-vocalista do Grupo tradição tem um perfil mais jovem, esse povo vai pra balada dançar, daí o verso ficou: 'Sábado na Balada, a galera começou a dançar', e não deu outra, a canção caiu no gosto do povo e levou o nome de Michel Teló às alturas dos "Top 10" das rádios.
Mas a popularidade mesmo veio com o marketing gratuito executado pelo craque Neymar, jogador do Santos. O vídeo de Neymar dançando a música virou hit na rede, e Teló ficou conhecido pelo vasto globo terrestre. Clique aqui e veja o vídeo.
Pessoas de todos os cantos do mundo postaram vídes cantando a canção em suas próprias línguas. Diga se isso não é a verdadeira globalização musical.
A receita do sucesso!
Bom, já vimos que adaptações literárias foram feitas, e que o povo gostou e muito do que Michel fez, mas segundo a estudante de Marketing, Bruna Loredo, o sucesso de Michel também se deve ao fato dele ser carismático.
Bruna, à esquerda, fotografia tirada no show de Michel.
E quanto a letra ela diz: O refrão da música é fácil. Se você fala um 'nossa', sempre
tem alguém que já continua, mesmo quem não goste do Michel ou de sertanejo. A pessoa
acaba ouvindo e reproduzindo! E essas músicas de 'pegação' em geral
estão fazendo sucesso.
Na verdade a música caiu no gosto popular por dizer o que muita gente quer falar, mas a coragem não deixa! Nossa! Assim você me mata! "Geralmente a música fala mesmo de coisas reais, tanto as
românticas quanto as de pegação. Quando você canta algumas músicas que se
identificam com você é como se estivesse se expressando no grau mais literal da palavra, você chega a dizer: - Essa musica é a minha
cara, foi feita pra mim!", conta a estudante.
A repercussão do hit foi tão grande que Michel gravou uma versão em inglês. Uma forma de difundir ainda mais sua carreira e também de agradecer a todos aqueles que curtem sua música fora das terras Tupiniquins.
Bruna Loredo, que é fã de sertanejo e acompanha várias duplas, dá a dica: "Villa Country com certeza é a referencia sertaneja da
cidade, música boa, gente bonita e um ambiente bem 'sertanejo'
também! Estou apostando em algumas duplas jovens, mas com muito potencial:
Geovany Reis e Fabricio, Willian e Junnior, Rogério Ferrari, Luana Marques e
Juliano e Juliani e Bruno. E também em algumas mais antigas como Matheus
Minas e Leandro e Guto e Nando."
Já se
dizia desde os tempos de Darwin que a comunicação humana derivou se da música,
um elemento característico do homem e que o acompanha desde a pré-história,
sendo utilizada para exteriorizar sentimento como: alegria, prazer, amor, dor,
religiosidade e os anseios da alma. Sendo assim a música também tem um papel
fundamental na história da sociedade, tanto que na época da ditadura, muitos
dos músicos tentavam burlar a censura através desta arte.
Por
isso,ainda hoje encontramos nas
letras destas músicas, temas graves que muitas vezes não são vistos pela
sociedade, até que aconteça uma tragédia. Exemplo disso é o Bullying ou
cyberbullying, como é denominado no âmbito virtual (através das redes sócias,
sites e celulares). Um ato de crueldade que atinge, cerca de 350 milhões de
crianças e jovens ao redor do mundo anualmente, segundo uma pesquisa da ONG
“Learn Without Fear” (Aprender Sem Medo).
As
histórias encontradas nestas poesias músicas são fatos que ocorreram com os
próprios artistas, ou pessoas próximas a eles e vão desde desabafos e
sequelas dos atos sofridos, até mesmo conselhos que levam as pessoas a pedirem
ajuda ou a enfrentar os próprios momentos de dificuldade, além de algumas
letras também ajudarem na autoestima de quem as escuta.
"Quando todos
dizem que eu não sou bonita e que eu não vou conseguir fazer algo, não deixo
isso me abalar, foi o que eu aprendi com a música "Who Says" de
Selena Gomez", Janaína Morais de 14 anos, estudante de teatro. No
caso da cantora Demi Lovato, sua música Skyscraper, fez com que ela
tivesse força para pedir ajuda, em um dos momentos mais sombrio de sua vida,
‘‘ Quando eu a gravei foi como um choro, um pedido por ajuda e isso aconteceu
antes de eu entrar no tratamento”, conta a ex estrela da Disney, que no ano
passado foi internada e diagnosticada com distúrbios alimentares e
automutilação, em entrevista ao site VH1.
E se
você acha que estes assuntos estão presentes somente nas letras de jovens
cantoras como Demi e Selena, você está muito enganado, os estilos musicais com
letras que descrevem estas experiências vão desde o Heavy metal, do Metálica, o Rap do
Eminem e o Rock alternativo do Nx ZERO, passa pelo Country de Taylor Swift e
pelo Pop da Pink, até desembarcarem na excêntrica Lady Gaga. Confira uma lista de músicas que falam sobre bulling.
Gaga que contou em entrevista ao Jornal The Guardian que também sofreu bullying na escola e que isto
reflete em sua música. “Já fui jogada numa lata de lixo e escreviam palavrões
no meu armário do colégio, enquanto os outros estavam limpos, eu nunca quis ser
a bonitinha no palco que canta sobre aquilo que estamos cansados de saber.
Prefiro muito mais escrever uma música chamada Judas e falar sobre traição,
perdão e o sentimento de ser incompreendido”. Confira o vídeo no show com a mesma declaração.
Outra
cantora que também causou polêmica nas redes sociais foi a britânica Jessie J,
que em 2011 lançou o clipe Who’s Laughing Now, que conta a sua própria história
na luta contra o bullying, que vinha dos professores e colegas de classe.
A disseminação digital é um fato e contra fatos não há argumentos. Hoje as pessoas ficam conectadas à internet durante todo o dia. Seja em casa, no trabalho e também no caminho entre os dois. Momentos como encontros entre amigos no shopping, shows e passeios em parques não precisam mais esperar seus participantes chegarem em casa, passarem as fotos de suas câmeras e postá-las no facebook. Tudo isso agora é feito instantaneamente de seus smartphones...Clicou e postou.
Pessoas consomem músicas através de celulares, iPods, MP3 players
No âmbito da música o tema se divide entre positivo e negativo. Antes ficávamos grudados nas estações de rádio ou em canais como a MTV esperando tocar a música nova da banda X. Com o crescimento da internet podíamos antes do lançamento do CD ouvir aquele single quando queríamos, era só assistir o clipe no youtube, ou baixá-la através de programas de compartilhamento ou sites.
Exatamente aí o ponto negativo para o artista – o download – não adianta falar, dificilmente alguém vai pagar por um download se pode ter seu conteúdo gratuitamente. Fã que é fã compra o disco de verdade, mas antes baixa de graça na internet, porém o número de pessoas que apenas baixam as músicasé bem maior. Menos discos vendido = menos dinheiro pro artista. Mas há que citar que muitos artistas hoje só fazem sucesso porque usufruíram dessa ‘pirataria digital’. Quem era D’Black antes de vazar na internet a música ‘sem ar’?
Miraculosamente algumas pessoas se lançaram no mercado fonográfico através de vídeos que postaram no youtube, caso de Justin Bieber. No território nacional, não com tanto sucesso, porém com uma qualidade refinada, a música ‘oração’ da Banda mais Bonita da Cidade, ganhou os ouvidos dos internautas.
Com as redes sociais os fãs acabaram mais íntimos de seus ídolos, agora sabem quando estão na academia ou jantando. Perceber que o artista realiza atividades como todo mortal, faz os fãs o admirarem cada vez mais. Prosartistas é que não sei se é um bom negócio ficar compartilhando seus passos.
Na era digital sobreviverá quem tiver sagacidade de reinventar a maneira de levar música as pessoas, bandas como Darvin, Forfun já aprenderam que disponibilizar seus álbuns gratuitamente é uma boa. O negócio hoje é ganhar dinheiro com vendagem de ingressos.
Mesmo com toda a tecnologia, a equipe do Musicultura incentiva a compra dos trabalhos dos artistas, lembrem-se que o processo de gravação e edição de um disco é caro e demorado, dê valor!
Quem
diria que um coração partido junto a uma voz poderosa, era a combinação
perfeita que tornaria Adele a 1ª artista viva, desde os The Beatles a ter duas
músicas e dois CDS simultaneamente entre os cinco mais no Reino unido, 1º
single com mais de um milhão de cópias vendidas nesta década e oito Grammy´s
alavancados, dois em 2009 e seis em 2011.
“Acho que uma das
coisas que me diferenciam de outros artistas que têm o mesmo tipo de sucesso é
que não há especulação sobre minha vida. E não dá pra escapar disso, o que faz
com que você seja mais visível, quer queira, quer não! E me sinto muito sortuda
por isso não ser realmente parte da minha vida...” diz à cantora em entrevista
a Revista BillBoard Brasil.
A cantora e compositora de 23 anos,
nascida na cidade de Tottenham (Inglaterra) afirma que não veio para lançar
moda e que não se importa com o seu peso, apesar de gostar de se sentir bonita
e bem vestida. “Eu nunca quis me parecer como as modelos de capas de revistas.
Eu represento a maioria das mulheres e tenho muito orgulho disso”, afirmou à
revista People.
A estrela Pop se tornou um ícone e
fonte de inspiração para adolescentes e adultos. Em entrevista à equipe do
Musicultura a estudante Yasmin Lorato, 16 anos, conta como se tornou fã de
Adele.
”Em primeiro lugar eu me apaixonei pela a música dela, mas depois que
descobrir que ela é uma garota normal e que não se importa com o que as pessoas
dizem pronto, ela virou minha inspiração”. Yasmin também diz que sua mãe, a
bibliotecária de 42 anos, gosta muito do trabalho de sua musa e que suas músicas predileta são Set Fire to the RaineRolling In The Deep .
Que o ano de 2011 foi fechado com chave de ouro por Adele, isto não resta dúvida, e ao que parece o ano de 2012 não será diferente. No mês de janeiro a cantora lançou sua biografia, intitulada Adele: The Biography, escrita por Chas Newkey-Burden, autora também das histórias de vida de Justin Bieber, Stephanie Meyer e Amy Winehouse. No Brasil o livro foi publicado pela editora LeYa, com o título Adele: Uma vida.
Caro
leitor,
Estou
muito feliz por está de volta ao Musicultura e espero que possamos caminhar
este ano de 2012 juntos, até a semana que vem.
O Mundo e sua constante mutação nos proporciona em curtos espaços de tempo novas experiências! Em um mês muita coisa muda, novos lançamentos surgem. Novos artistas aparecem... imagine isso em cerca de um ano. Realmente muita coisa mudou! No cenário nacional tivemos mudanças significativas quando o assunto é música!
Restart era apenas um botão do Computador, que geralmente usávamos em momentos de crise do PC. Quem tocava rock se vestia apenas de preto. No Pará não havia Beyoncé. NX Zero tocava rock, e não new metal (estilo difundido pelo Link Park). A MPB ainda não havia passado pela renovação proporcionada por artistas como: Maria Gadú, Leandro Léo, Manu Magalhães.
Alguns lançamentos foram marcantes nesse intervalo de tempo e é sobre eles que quero falar com vocês!
Darvin – Milhões de Alices Pelo Ar
Conhece a banda Darvin? Não!? Mas certamente conhece a canção “Pensa em Mim” de autoria da banda. ‘Pensa em mim | Que eu to pensando em você| E me diz | O que eu quero te dizer | Vem pra cá | Pra ver que juntos estamos | E te falar |Mais uma vez que te amo’
O Álbum deles veio com letras românticas e algumas de reflexão social, como é o caso de “Fa Waka?” ‘Meu pai tem mais que o seu | Mas quando eu chego em casa ele bebeu
| Minha mãe cansada de apanhar | Não reclama e fica tudo em casa | Enquanto ele tem grana | E o silicone é caro,mais que um carro | E ela nunca abriu um livro nem vai procurar trabalho| E eu me vejo nesse quadro | Torrando o dinheiro alheio | Esperando a hora de morrer.’
O disco ficou muito bonito e eu confesso que o escuto com muita freqüência!
Forfun – Alegria Compartilhada
Mais brasileiros do que nunca, a galera do Forfun trouxe um álbum bem abrasileirado, tanto em temas de letras, quanto em ritmos. O disco é bom, mas a sonoridade do Polisenso ainda me faz tê-lo como meu álbum preferido.
É ótima a autenticidade da banda, é muito bom ver verdade no trabalho dos artistas. A frase que sintetiza o CD é: ‘Alegria compartilhada é Alegria redobrada’ – e eles mais uma vez compartilharam o trabalho deles gratuitamente no site. Ainda dá tempo de fazer o download, caso ainda não tenha esse álbum no seu iPhone, Android, mp3 ou PC. Vale a Pena!
Nx Zero – Projeto Paralelo
Quem se reinventou foi o NX. O que confesso, era necessário, não que eu estivesse descontente com o que eles vinham tocando, mas é que estava tudo muito igual! Mas as inserções de rap’s e uma batida bem soul em algumas músicas enriqueceram o trabalho!
Muita Gente se queixava da performance vocal do Di Ferrero, bom, é notável sua melhora, mas há outro fator nesse disco, todas as canções contam com participações especiais, de Emicida à Negra Li. Desvista-se dos seus preconceitos e ouça esse disco.
A equipe do Musicultura está muito feliz com o retorno, e sabe que você leitor é nossa principal forma de divulgação! Gostou do post? Compartilhe!
Olá internautas!
O Musicultura está de volta, mas assim como a lendária ave fénix, cada vez que renasce, se torna mais forte.
Nossa equipe mudou, mudou pra melhor. Estamos agora com dois jornalistas:
Pedro Fernandéz
Professor de violino, regente de coral de jovens.
Carina Jane
Estudou piano, e ama cantar!
Bom, nos próximos dias teremos ótimas notícias e artigos sobre o cenário musical!